segunda-feira, 30 de julho de 2012

Avós prematuros


Avós de netos prematuros são essenciais no apoio à família

26/07/2012 - 14:28

Os avós de bebés prematuros são avós prematuros, porque só estavam preparados para ser avós de bebés de termo, defendeu esta quinta-feira, no Dia dos Avós, a directora do Serviço de Neonatologia do Hospital de São João, no Porto, avança a agência Lusa.

Apoio à amamentação e no favorecer o contacto com a pele, apoio aos irmãos e família, apoio na transição para a casa depois da alta hospitalar ou estar presente em processos de decisão, cuidados paliativos e no luto são algumas das ajudas que os avós podem dar no contexto da prematuridade, disse Hercília Guimarães, em entrevista à Lusa.

À margem de uma cerimónia no Hospital de São João, no Porto, para homenagear os avós de prematuros, numa iniciativa do grupo de pais de bebés prematuros do Hospital de São João, no Porto, a directora do Serviço de Neonatologia daquela unidade explicou que os avós prematuros são de “uma importância fulcral” na prematuridade dos netos pelo apoio emocional, económico e prático à família.

Hercília Guimarães defendeu que os avós prematuros devem “ser respeitados” e que lhes deve ser dada a “importância que merecem” no seio da família e da sociedade.

“A ajuda dos avós é imprescindível, fundamental. Sofrem, mas não demonstram. São uma espécie de âncora emocional”, conta à Lusa Marta Vinhas, mãe de gémeos prematuros, que agradece hoje a ajuda dos seus pais através de palavras carinhosas, flores e oferta de bolos.

Marta Vinhas recorda que os avós dos seus filhos mudaram-se para sua casa quando os gémeos tiveram alta hospitalar e que eram eles, por exemplo, que a acordavam à noite para dar as mamadas aos filhos.

“Durante a noite, acordavam-me para dar de mamar e punham a arrotar os bebés para eu poder descansar”, lembra, com os olhos a lacrimejar, acrescentando que eram também os avós que faziam a sopa, as compras da casa e que tratavam da roupa da família.

Também a avó Maria Otília Pereira, de 62 anos, e ainda em convalescença de uma doença, foi buscar força e energia à prematuridade do neto, que nasceu com 28 semanas e 1,100 quilos.

“Desde que a minha filha foi internada que tenho tentado apoiar”, revela Maria Otília Pereira, admitindo que um bebé prematuro exige muito mais “atenção” e há “receios maiores”.

Dos bebés que nascem em Portugal, 9,3 por cento são prematuros, ou seja nascem entre as 24 e as 36 semanas, indicou Hercília Guimarães.

Em Portugal, há entre “800 a 1.000 bebés” a nascer com menos de 1,5 quilo, designados por “grandes prematuros” e, nas últimas décadas, a “prematuridade aumentou cerca de “30 por cento”, acrescentou aquela especialista, também professora de Pediatria na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.

Fonte: rcm farma, site de Portugal
Foto: Arquivo pessoal
 

2 comentários:

  1. Gostei, e não sabia que tb era avó prematura. Mas, tem coerência, se a criança é prematura, a mãe tb é prematura, logicamente os avós tb são.

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