F A Q

Atendendo a pedidos, mais especificamente de meu irmão Carlos Henrique, crio esta página para responder a perguntas mais frequentes. Se ainda surgirem dúvidas, deixem comentários, logo entro e as respondo! ;)

1.  Quantos bebês eu perdi?
R. Dois. O primeiro em abril de 2006, estava com 22 semanas e 3 dias. O segundo em janeiro de 2009, estava com 21 semanas e 5 dias.

2.  Por que tive essas perdas?
R. Logo na primeira perda, considerado um aborto tardio, a doutora Flávia Gusmão (que me atendeu no IMIP/PE - Instituto Materno Infantil, hoje Instituto de Medicina Integral Prof. Fernandes Figueira), competentíssima, me disse que eu tinha IIC e que na próxima gravidez, antes das 15 semanas, teria que fazer uma cerclagem.

3.  Como a doutora soube que eu tinha IIC logo na primeira perda?
R. Realmente, é muito difícil os médicos saberem que a mulher tem IIC antes de haver a primeira perda fetal, ou mesmo na primeira perda fetal, mas pelo meu relato, pelo quadro clínico que eu apresentava ao chegar ao hospital, a médica já deu o diagnóstico. E confirmou com uma histeroscopia meses depois.

4. O que é a IIC?
R. Sigla de Incompetência (ou Insuficiência) Istmo-Cervical, que, a grosso modo, significa a incapacidade do útero de se manter uma gravidez, ou seja, o colo do útero afina ou torna-se muito curto antes do tempo, ocasionando o parto prematuro ou o aborto tardio. No meu caso, o meu colo uterino já apresenta uma discreta dilatação, que tende a aumentar conforme o feto cresce e pesa.

5.  O que eu senti nos dois casos do aborto?
R. No primeiro, apresentei sangramento intenso durante 4 dias e, no quinto, entrei em trabalho de parto, com contrações e expulsão do feto. Já cheguei ao hospital com dilatação total.
No segundo, quando comecei a apresentar os problemas (cólicas e sangramento), a médica tentou fazer uma cerclagem de emergência, mas a bolsa rompeu e fiquei aguardando a expulsão do feto, que só se deu após introdução de remédio via vaginal, no dia seguinte.

6.  Por que eu perdi o segundo bebê se no primeiro caso a médica já havia descoberto a causa e dado a solução?
R.  Porque mudei de médica e esta não aceitou o diagnóstico, sugerindo que o meu problema foi infecção urinária que provocou o abortamento.

7.  O que é cerclagem uterina?
R.  É uma costura no colo do útero, feita entra a 12ª e a 20ª semanas, que funciona para evitar que este se dilate antes da data do parto de termo. Veja imagem ilustrativa:

8.  Eu fiz a cerclagem quando estava grávida de Heitor?
R.  Sim, eu fiz a cerclagem e mantive repouso absoluto.

9.  Toda gestante que cercla, tem que manter o repouso absoluto?
R.  Nem todas. Há aquelas que, após os 15 dias, podem voltar às suas atividades normais, exigindo-se, apenas, um pouco mais de cautela. Varia de quadro para caso e só o médico particular pode dizer qual o tipo de repouso que a mulher terá que manter: se absoluto ou se relativo.

10.  Por que Heitor nasceu prematuro? De quantas semanas ele nasceu? Qual o peso e tamanho dele ao nascer?
R.  Heitor nasceu de 28 semanas e 5 dias, considerado prematuro ao extremo, porque eu tive pré-eclampsia grave e Síndrome Hellp. Pesava 1020g, não sei exatamente o tamanho, pois não o mediram, mas julgo que tinha, aproximadamente, 35cm...

11. O que eu senti quando tive que ser socorrida na gravidez de Heitor?
R.  Eu comecei a perceber a vista turva e senti enjoos e dormência na mão esquerda, no dia 4 de agosto de 2010. A médica (doutora Flávia Gusmão, eu procurei ela para ser minha ginecologista) me receitou remédio para pressão e já me alertou que no dia 3 de setembro eu faria uma cesária para interromper a gestação, aos 7 meses de gravidez, pois a pressão não iria aguentar mais por muito tempo. No entanto, na madrugada do dia 7 de agosto, eu acordei com uma insuportável dor na boca do estômago e fui levada às pressas para o IMIP, fui medicada, internada e às 15h fui para o bloco cirúrgico fazer uma cesária de emergência, pois minhas taxas estavam se alterando muito rapidamente e eu estava entrando em coma.

12. O que é Síndrome Hellp?
R. Trata-se de uma complicação obstétrica com risco de morte, considerada uma variação da pré-eclampsia grave ou da eclampsia. O termo Hellp vem do inglês, baseado nos três critérios estabelecidos para o seu diagnóstico: H - Hemolysis (destruição dos glóbulos vermelhos), EL - Elevated Liver Enzymes (enzimas do fígado elevadas) e LP - Low Platelets (queda do número de plaquetas).
A melhor forma de prevenção e diagnóstico, é o pré-natal iniciado precocemente e de forma regular, atentando-se à história da paciente, aos resultados laboratoriais e às alterações da pressão arterial.

13. Quanto tempo Heitor e eu ficamos internados após o parto?
R.  Assim que fiz a cesária, fui para a UTI, onde fiquei por 3 dias e mais 2 no quarto, recebendo alta assim que a pressão arterial - PA estabilizou. Já Heitor, ficou por 66 dias na UTI, sendo 61 na incubadora e 5 no berço aquecido. E mais 10 dias no canguru.

14. Quando Heitor recebeu alta médico-hospitalar, teve alguma intercorrência?
R. Graças a Deus, não! Enquanto internado, teve que tomar sangue por 3 vezes, foi entubado com 2 dias de vida pois pegou uma infecção e ficou assim por 6 dias. Depois ficou no Cpap por 7 dias e no Halo (capacete de oxigênio) até 3 de outubro. No dia 5 ele foi para o Canguru, ficou até o dia 8, onde apresentou uma cianose que me deixou desesperada, voltou para o berço aquecido, no Cpap, ficou por 2 dias, foi pro Halo, ficou mais 2 dias, no quinto dia voltou para o Canguru e no dia 22 de outubro, recebeu alta e nunca mais teve nada, só uns 3 resfriados ao longo dos 2 anos.

15.  Como foram os primeiros meses de Heitor em casa?
R. Ah, Heitor recebeu alta já com 2 meses e meio, pesava 2500g e já media 42 cm. Recebi a orientação de que ele não poderia receber vistas, ir à lugares fechados e as pessoas não podiam ficar pegado nele, muito menos sem higienizar as mãos. Coisas que toda mãe de recém-nascido é orientada!

16. Heitor teve algum acompanhamento específico?
R. Sim. Heitor teve sessões de Terapia Ocupacional - T.O e de fisioterapia, para desenvolver as habilidades motoras requeridas para a idade, corrigindo-se o tempo da prematuridade.

Fisioterapia
T.O

17. Como é que se contava a idade de Heitor, já que ele nasceu prematuro?
R. Até um ano e meio de idade, o pediatra e demais especialistas contavam a idade dele sempre retirando-se o tempo que restou para ele nascer, ou seja, se ele tivesse 6 meses, considerava-se 3 e meio.

18. A segunda gravidez foi planejada? Como eu desconfiei que estava grávida de novo?
R. Não, a segunda gravidez não foi planejada, pois estávamos em ano de campanha e o meu marido era candidato a vereador do Cabo de Santo Agostinho, então, como sabíamos que minha gravidez é de risco e requer muitos cuidados e atenções, e muitas abstinências, sabíamos que não era o ano mais propício. Mas comecei a desconfiar quando notei meu umbigo pulado, meus seios doloridos e a bariga um pouco saliente, como se estivesse inchada para menstruar. Daí que um dia antes do dia previsto para descer a menstruação, fiz o teste de farmácia e tavam lá as duas listrinhas cor de rosa.

19. Tive medo de que tudo o que me aconteceu nas gravidezes anteriores se repetisse?
R. Sim, tive muito medo de passar pelo mesmo sofrimento de novo, embora tinha a certeza de que perder já não iria mais, ficava o receio de ter um parto prematuro. No entanto, fiquei bem mais tranquila que na gravidez de Heitor, pois já tinha a experiência positiva de que, mesmo nascendo antes da hora, poderia ter meu bebê em meus braços. Porém, o receio me acompanhou durante toda a gestação, principalmente até chegar às 28 semanas. Quando ultrapassei ela ai, que alívio me deu!

20. Quais foram os cuidados a mais que tive que tomar desta vez?
R. Além da cerclagem e do repouso, tive que tomar Heparina sódica injetável, uma vez por dia, todos os dias, até o momento do parto, desde que o beta deu positivo. E todos os dias, também, tomava um comprimido de Ácido Acetilsalicílico. Ambos para controlar a pressão e evitar a trombose venosa, que me levaria a pré-eclampsia e novamente a fazer uma Hellp.

21. Ocorreu alguma intercorrência nesta gravidez?
R.  Quando fiz 26 semanas, apresentei um pequeno sangramento, mas foi um episódio isolado que até hoje fico na dúvida se saiu da vagina mesmo ou não, pois eu estava com problemas para evacuar. Fora isso, teve um outro episódio, isolado também, onde minha pressão arterial ficou em 14x9, mas julgo que foi por uma contrariedade que eu tive. No demais, minha gravidez de Heloísa foi muuuuuito tranquila, andei e sai mais da cama que na de Heitor.

22. Fiz ligação, ou ainda corro o risco de engravidar?
R. Geralmente, quando me perguntam: - Carlene, ligasse? Eu respondo: - Liguei pra médica e marquei consulta pra abril Kkkkkk
O fato é que eu sim, corro o risco de engravidar... :( O meu parto foi normal, e um pouco difícil, fiz episiotomia e fui muito ponteada... Daí que marido disse que iria fazer vasectomia e, a baby já tá com 6 meses e ele nada ainda! Kkkkk

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