domingo, 29 de maio de 2011

Rede Cegonha começa em Pernambuco

Pernambuco é o primeiro estado a aderir à Rede Cegonha. Na sexta-feira (6), ministro Padilha visitou maternidade em Vitória de Santo Antão que será reformada para atender mães e bebês de forma segura e humanizada.


Pernambuco é o primeiro estado brasileiro a aderir ao programa Rede Cegonha, lançado pelo Ministério da Saúde em março deste ano para garantir atenção segura e humanizada às mães e aos bebês. Na tarde da sexta-feira, dia 6, o ministro Alexandre Padilha e o governador do Estado, Eduardo Campos, assinaram termo de compromisso para implantação da iniciativa. Está previsto, nesse primeiro momento, a expansão de leitos para atendimento de gestantes e recém-nascidos, construção de maternidades e a qualificação da assistência nas unidades existentes.
“O governo do estado, ao aderir à Rede Cegonha, dá oportunidade para que todos os municípios possam aderir e receber mais recursos para exames, para apoio ao pré-natal e para que possamos cuidar cada vez mais e melhor das mães e crianças que nascem aqui”, afirmou o ministro Padilha. Segundo ele, com a adesão do Governo de Pernambuco, o Ministério da Saúde já vai liberar, de imediato, recursos para reforma da maternidade do município Vitória de Santo Antão.

O governador Eduardo Campos enfatizou que a Rede Cegonha reforça o programa Mãe Coruja, implantado há quatro anos em Pernambuco. “O Mãe Coruja vem reduzindo a mortalidade infantil no estado. Essa Rede vai ajudar a melhorar a assistência que já estamos dando às mães e às crianças, sobretudo nos municípios onde tínhamos as maiores deficiência de atendimento e os maiores números de mortalidade”, destacou.

Pela manhã, o ministro Alexandre Padilha participou da abertura do Fórum de Mobilização para o Enfrentamento de Doenças Negligenciadas, em Recife, e sobrevoou as áreas atingidas pelas chuvas. Ele assinou termo de cooperação técnica para a realização do projeto Sanar, do Governo de Pernambuco, que prevê a melhoria do controle, diagnóstico e tratamento de doenças como hanseníase, Doença de Chagas, tuberculose, entre outras.


EXPANSÃO DE LEITOS – Com o investimento da Rede Cegonha, a maternidade de Vitória de Santo Antão terá sua capacidade ampliada de 25 para 300 partos por mês. A expansão de leitos obstétricos em Pernambuco priorizará a região Agreste e o município de Jaboatão dos Guararapes. Está previsto também avaliação e qualificação do atendimento nas maternidades dos municípios de Petrolina, Salgueiro e Ouricuri, que deverão adequar seus serviços no modelo previsto pela Rede Cegonha.

A Rede Cegonha prevê atenção integrada a todas as mulheres durante a gravidez, o parto e os primeiros dois anos de vida do bebê. O Ministério da Saúde investirá R$ 9,3 bilhões no programa até 2014, priorizando a regiões Nordeste e Amazônia Legal. A implantação da Rede foi definida pelo Ministério da Saúde, com a participação dos representantes dos Conselhos de Saúde estaduais e municipais.

Pernambuco, o primeiro a aderir ao programa, é um dos estados que desenvolve projetos considerados bem-sucedidos no atendimento de mães e bebês e que serviram de inspiração para a criação da Rede Cegonha. A Mãe Coruja está presente em 95 municípios do estado e, em quatro anos, cadastrou 5.0217 gestantes, que recebem acompanhamento em uma das unidades da iniciativa durante todo o período da gestação. Após o nascimento, os bebês são assistidos até os cinco anos de idade. Hoje, são quase 20 mil crianças atendidas no Mãe Coruja.
(FONTE: www.bagarai.com.br)

 


Rede Cegonha é a principal estratégia para redução de mortes maternas

DA REDAÇÃO




No Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna, comemorado ontem (28), o Ministério da Saúde destaca a importância da estratégia Rede Cegonha, uma rede de cuidados materno-infantil, que prevê medidas de fortalecimento da rede de assistência e a progressiva redução da mortalidade materna.

A estratégia é composta por um conjunto de ações que visam o atedimento adequado, seguro e humanizado para todas as brasileiras, pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Nos últimos 18 anos, o número de óbitos maternos caiu 56%.

“A ampliação do acesso aos cuidados hospitalares, com acompanhamento das mulheres antes, durante e após o parto é um dos fatores primordiais que levam à redução das mortes maternas”, explica o diretor do

Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas do Ministério da Saúde, Dario Pasche.

A Rede Cegonha prevê assistência integral às mulheres desde a confirmação da gravidez, passando pelo pré-natal e o parto, até os dois primeiros anos de vida. O governo investirá R$ 9,4 bilhões até 2014 para qualificar toda a rede de assistência obstétrica, bem como a infantil, numa atuação integrada com as demais iniciativas para a saúde da mulher no SUS, com foco nas cerca de 61 milhões de brasileiras em idade fértil.

AVANÇOS

As mortes por complicações durante gravidez, parto e puerpério já vêm diminuindo no Brasil. Nos últimos 18 anos, houve redução de 56% de óbitos maternos. Além disso, entre 1990 a 2007, todas as causas específicas de morte materna diminuíram: por hipertensão 63%, hemorragia 58%, infecções puerperais 47%, por aborto 80% e por doenças do aparelho circulatório complicadas pela gravidez, parto ou puerpério 51%. Hoje, 98% dos partos no Brasil são realizados em hospitais e 89% por médicos.
 

“Com a Rede Cegonha, o objetivo é avançar ainda mais nesta estatística. Nos postos de saúde, será introduzido o teste rápido de gravidez. Confirmado o resultado positivo, será garantido um mínimo de seis consultas durante o pré-natal, além de uma série de exames clínicos e laboratoriais. A introdução do teste rápido, inclusive para detectar HIV e sífilis, também será novidade para reforçar o diagnóstico precoce e a adesão ao tratamento”, afirma Pasche.

REDE
– A qualificação da atenção compreenderá a criação de novas estruturas de assistência e acompanhamento das mulheres e reforço na rede hospitalar convencional, com o mote “Gestante não Peregrina”; ou seja, a garantia de sempre haver vaga para gestantes e recém-nascidos nas unidades de saúde.

Entre as novas estruturas estarão as Casas da Gestante e do Bebê, que dará acolhimento e assistência às gestantes de risco, e os Centros de Parto Normal, que funcionarão em conjunto com a maternidade para humanizar o nascimento. A rede hospitalar obstétrica de alto risco também será fortalecida, com ampliação progressiva da quantidade de leitos na rede SUS, de acordo com as necessidades apresentadas pelos municípios.


A Rede Cegonha também prevê a qualificação dos profissionais de saúde que darão a assistência adequada às gestantes e aos bebês. Serão capacitados os profissionais de saúde que atuam tanto na atenção primária como em serviços de urgências obstétricas.

ABRANGÊNCIA
O cronograma demplantação da rede prioriza as regiões da Amazônia Legal e Nordeste – que têm os mais altos índices de mortalidade materna e infantil – e as regiões metropolitanas, envolvendo a maior concentração de gestantes. As ações de saúde previstas na Rede Cegonha serão executadas pelos estados e municípios – na lógica da descentralização do SUS – que deverão aderir às estratégias nacionais para o recebimento dos recursos reservados pelo Ministério da Saúde.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...